Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a “epidemia silenciosa do século”, a osteoporose é uma desordem esquelética caracterizada pelo comprometimento da força/ resistência óssea, predispondo a um aumento do risco de fraturas.
A Sociedade Brasileira de Osteoporose estima que existam 5,5 milhões de brasileiros acometidos, sendo mais frequente nas mulheres, principalmente na pós-menopausa, e em homens após os 70 anos.
A osteoporose, por ser uma doença assintomática, muitas vezes é diagnosticada tardiamente, somente quando ocorre a primeira fratura osteoporótica, ou nem mesmo após esta; levando a elevada incidência de fraturas que acontecem com a evolução da doença.
É interessante observar uma maior preocupação com o diagnóstico de doenças como o Câncer de mama e ataques cardíacos nas mulheres, sendo que a incidência destes é, respectivamente, cerca de um décimo e um terço da observada com as fraturas osteoporóticas, e que estas fraturas podem piorar muito a qualidade de vida e aumentar substancialmente o risco de morte do paciente.
O diagnóstico deve ser realizado precocemente, ou seja, antes do acontecimento das fraturas, sendo que a história clínica e o exame físico são importantes para a identificação dos fatores de risco e exames laboratoriais devem ser realizados para a exclusão de doenças que causam perda de massa óssea.
A Densitometria Óssea é o exame de referência e padrão ouro para o diagnóstico e acompanhamento do paciente.
Dentre os fatores de risco destacamos: história familiar de osteoporose, raça branca, baixa estatura e peso, sexo feminino, idade avançada; menarca tardia, menopausa precoce, nuliparidade; baixa ingestão de cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo; uso de medicamentos que causam osteoporose e fratura anterior causada por pequeno trauma.
A prevenção compreende medidas educativas e corretivas, que visam a manutenção da saúde óssea, tais como dieta rica em cálcio, atividade física orientada, níveis adequados de vitamina D, prevenção de quedas, prevenção da osteoporose induzida por medicamentos e evitar álcool, tabaco e cafeína .
Para os pacientes que apresentam diagnóstico de osteoporose ou osteopenia, o tratamento deve ser realizado de forma individualizada, tendo como objetivo a redução do risco de fraturas e manutenção da massa óssea.
Atualmente dispomos de amplo arsenal de medicamentos para este fim, podendo optar pelo medicamento via oral, subcutâneo ou endovenoso (disponibilizados na clínica de infusão), que visam principalmente, a adesão e a comodidade do paciente durante o seu tratamento.
MATÉRIA POR ALEXANDRA REGINA CASARIM BARBOSA
REUMATOLOGIA
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